segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Nigéria pede ajuda internacional para combater Boko Haram

O exército da Nigéria pediu ajuda à comunidade internacional para poder combater o Boko Haram, depois de centenas de pessoas serem assassinadas pelo grupo terrorista na cidade de Baga, ao nordeste da Nigéria, na quarta-feira.
O porta-voz do exército, Chris Olukolade, qualificou este ataque como "o mais mortífero" perpetrado pelos terroristas desde 2009 e pediu "que todo o mundo colabore contra o mal de Boko Haram, em vez de denegrir aqueles que trabalham para derrotá-lo".
Soldados nigerianos tentam proteger a cidade de Maiduguri, Nigéria,
da ameaça do grupo Boko Haram
Após o ataque, o exército foi duramente criticado porque os milicianos do Boko Haram mal tiveram oposição durante o ataque à cidade, já que as forças de segurança destacadas em uma base militar próxima fugiram após um ataque ocorrido dias antes.
"O exército nigeriano não renunciou a Baga nem a outras localidades onde a atividade dos terroristas prevalece", disse Olukolade. Mas "para fazer frente a esta situação, realizamos um planejamento adequado de homens e recursos", explicou.
Embora não haja número oficial de mortos em Baga, as autoridades locais disseram à Agência Efe que centenas de pessoas perderam a vida.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) informou que mais de sete mil pessoas fugiram para o Chade nos últimos dias por causa dos ataques na região.
"É necessário tranquilizar os nigerianos que as Forças Armadas nigerianas e os organismos de segurança são capazes de combater os terroristas em Baga e em todas as partes do território da nação onde suas atividades são frequentes", acrescentou o porta-voz militar.
No entanto, Boko Haram continua a realizar sangrentos ataques, o último deles ontem quando uma criança ateou fogo em si mesma em um mercado de Maiduguri, a capital do estado de Borno, e matou pelo menos 20 pessoas.
Não é a primeira vez que o exército recebe fortes críticas por sua ineficácia, já que após o sequestro das mais de 200 meninas em uma escola de Chibok em abril de 2014 -que ainda permanecem em paradeiro desconhecido - foi criticado pela "lenta" resposta ao sequestro e pela falta de resultados em sua busca.

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